quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Relatório festival "Tudo é Jazz" 2008

Universidade Federal de Ouro Preto – UFOP
Instituto de Ciências Sociais Aplicadas – ICSA
Curso: Comunicação Social – Jornalismo
Relatório: Trabalho sobre o 7° Festival de Jazz de Ouro Preto

Grupo: Douglas Gomides
Enrico Mencarelli
Júlia Abrão
Rebeca Meloni
Shirley Parma
Tábata Romero




Tudo surgiu a partir de muita conversa entre o grupo. Os integrantes já haviam passado por experiências em trabalhos juntos, tudo foi mais fácil de conversar, mais objetivo. O formato blog foi escolhido devido à sua abrangência como mídia, versatilidade como veículo de comunicação.
Quinta-feira, 11 de setembro, começa o Festival de Jazz de Ouro Preto. O grupo dividiu-se em duplas e essas buscaram por tudo que parecia interessante aos sentidos dos futuros espectadores. Câmeras e gravadores agora são os olhos do projeto. As dificuldades logo aparecem, devido à inexperiência dos agora “jornalistas”. Enrolam-se as línguas, a timidez cresce.
A cidade é tomada por musicalidade e cor, que logo contagiou a todos os presentes. Gente de todo tipo, toda classe, toda cor. O comercio da cidade começa a ficar alvoroçado, cada vez mais pessoas, por toda parte.
O segundo dia do festival, sexta-feira, fica marcado pela apresentação do músico gaúcho Renato Borghetti. Também nota-se maior desprendimento entre os integrantes do grupo, agora mais habituados a lidar com gente. É o dia cujo as melhores entrevistas foram obtidas.
Sábado. Bandas de New Orleans na programação gratuita. No Centro de Convenções, dois membros do grupo conseguem gravar um making off com a equipe da Rede Minas de Televisão. O cansaço já é característica em toda a turma de Comunicação. A ansiedade cresce diante da expectativa causada pelo show de Milton Nascimento.
Último dia do festival, domingo. A cidade lotada, animada com apresentações que se iniciaram de manhã e seriam finalizadas pelo homenageado do festival. O grupo preocupa-se com todos os detalhes finais, melhores fotos, melhores imagens. Ao final do dia, exaustão torna-se a palavra-chave. Centenas de pessoas haviam assistido ao espetáculo proporcionado por Milton Nascimento e seus convidados.
Os dias sucessivos ao festival foram dedicados à montagem, diagramação e edição de todo material adquirido. O grupo reuniu-se algumas vezes e procurou finalizar o conteúdo da melhor maneira possível.
Ainda são destacáveis as experiências particulares acumuladas e vividas pelos integrantes, as quais serão citadas a seguir, por cada um deles.

Enrico Mencarelli: Encantado. Assim me defino após o término trabalho. Posso muito bem dizer que foi a primeira experiência bem sucedida em grupo que tive. Nunca tinha vivenciado nada parecido antes, desde o relacionamento e proximidade com músicos às hostilidades por membros da equipe do festival. Um bom exemplo foi o primeiro dia. Depois de entrevistar e fotografar algumas pessoas, muito gentis por até aquele momento, um dos produtores da apresentação daquele dia surpreendeu a mim e minha dupla, Tábata Romero Garcia, reclamando da maneira como nos vestíamos. Achei um absurdo.
Descobri que a música tem um poder enorme de união sobre as pessoas, e que gostaria muito de trabalhar perto da música, perto dos músicos.
Outro dia especial foi sábado, dia 13. Conviver com a equipe da Rede Minas foi, sem dúvida, o dia mais prazeroso do festival. Equipamentos e tudo por trás das câmeras.
Domingo e Milton Nascimento, melhor combinação impossível. Melhor que trabalhar no festival, foi fazê-lo com muita diversão. O trabalho, tão somente, ajudou-me a assistir ao festival.
Shirley Parma: Para mim, fazer este trabalho foi uma experiência única. Tive a oportunidade de ter contato direto com a profissão jornalística e na "profissão" encontrei dificuldades como frustração da recusa de algumas entrevistas e problemas técnicos com os equipamentos, mas tudo foi enriquecedor e contribuiu para o meu conhecimento. No primeiro momento muita timidez, mas que aos poucos foi sumindo à medida que me envolvia com o trabalho e me interagia com os participantes do festival. Tive a oportunidade de conhecer pessoas maravilhosas, de uma simpatia indescritível, entrevistei várias delas, mas teve um momento em que me vi do outro lado, quando eu fui a entrevistada. Essa experiência ficou mais forte quando me vi no telão ao lado do palco do Milton Nascimento, minha entrevista estava sendo vista por todos que assistiriam o ao show. Este sem dúvida foi o trabalho mais interessante que já fiz.
Júlia Abrão: É difícil para mim explicar o que foi esse trabalho porque na minha concepção foi quase como a realização de um sonho. Foi o sentimento de estar vivendo aquilo que eu sempre quis: o dia-a-dia de um jornalista. Correr atrás de reportagem, procurar as pessoas adequadas pra responder cada tipo de pergunta, entrevistar a população local, os turistas, os músicos, os organizadores, foi tudo muito emocionante. Além da parte prática, eu me envolvi muito com a elaboração do projeto: a formolução das perguntas, a divisão do trabalho, os aspectos a serem abordados, o "como passar a notícia"... Na sexta-feira eu já me sentia completamente envolvida pela grandiosidade do evento e por me ver não somente como expectadora, mas também como alguém que tinha a responsabilidade de, posteriormente, passar para as pessoas como foi o festival. No sábado percebi que não é fácil conseguir entrevistas exclusivas, mesmo quando estas são marcadas com antecedência, mas descobri também o prazer de conseguí-las. Passei pela experiência de além de repórter ser também entrevistada. Conversei, juntamente com Rebeca e Shirley, com o pianista do Renato Borghetti Quarteto, Vitor Peixoto, que foi uma das pessoas mais simpáticas e atenciosas que eu tive contato no festival e que se mostrou um exemplo de humildade no meio artístico. No domingo a expectativa era grande com o show do homenageado, porém, a frustração do grupo foi grande por não conseguir a entrevista com Milton Nascimento. Foi no domingo também o auge do cansaço, onde todo o corpo já pedia por um descanso, embora se soubesse que cada dorzinha havia valido a pena.
Rebeca Meloni: O trabalho pra mim foi um experiência muito rica tanto no aprendizado quanto no aspecto cultural. Na sexta-feira existia uma certa timidez, mas depois de algumas alternativas ela diminuiu. No sábado entendi um pouco das dificuldades na obtenção de uma grande entrevista. Após quase 2 horas de espera, eu e a Júlia conseguimos falar com a simpatissísima Maria Alice Martins e assim, percebi como é gratificante a conquista depois de muita luta. E por fim, no domingo, com a expectativa frustrada de conseguir a entrevista com Milton Nascimento, vi que nem todas as batalhas são vencidas e que tenho que me acostumar com essa realidade.
Tábata Romero: O festival de jazz foi minha primeira relação direta com o jornalismo. Foi a primeira vez que peguei uma câmera para gravar uma reportagem, para tirar uma foto relevante. Foi a primeira vez que vi minha timidez sumindo pouco a pouco, pois havia um trabalho a ser feito. Foi a primeira vez que eu fui, com cara e coragem, me arriscar a invadir um lugar proibido ao público (e fui expulsa, é claro). Foi a primeira vez que assisti shows com olhares críticos, pra saber o que comentar deles depois. Foi, de fato, uma experiência emocionante. Aposto que, não só para mim, esse festival foi muito marcante.

Douglas Gomides: Na sexta-feira,nosso primeiro dia de trabaho,começamos cedo.No início parecia que nada ia da certo.As nossas duas primeiras entrevistas não gravaram,me deixando bastante nervoso.A partir de então,eu e minha parceira tivemos que correr mais atrás.Acredito que conseguimos um material muito bom.No sábado,depois de ter uma conversa,eu e mais um integrante do meu grupo,conseguimos entrar no centro de convençoes(lugar onde aconteceu os shows pagos) e acompanhar a Rede Minas no seu trabalho.Pra mim, esse making off foi uma das melhores experiências da minha vida.Conhecemos diversas pessoas,lugares e estratégias da televisão.Fomos muito bem tratados pela equipe,ouvimos histórias que ficarão para toda a vida.Vimos também que o trabalho televisivo,não é o glamour que muitos imaginam,muito pelo contrário,é uma tarefa bastante árdua.Fiquei acompanhando as gravações nesse dia,até as três horas da manhã.
Domingo fui para a praça, às sete e meia da noite.Quando cheguei curti um pouco da Orquestra.Ao acabar fui até o pessoal da Rede Minas novamente,fazer um agradecimento e consequentemente alguns contatos.Depois vi um pouco do show do Milton Nascimento(o qual esperava mais)
No final tirei a conclusão de que esse trabalho foi bastante interessante e satisfatório.Apesar de alguma desarmonia entre alguns integrantes do grupo,o resultado foi bom.

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